segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A reação do governo ao resultado do Ideb de 2011

O MEC não sabe o que fazer


20/08/2012 - A reação do governo ao resultado do Ideb de 2011, que mostrou a persistência do fiasco do ensino médio brasileiro, não causa surpresa. E, sendo o titular do Ministério da Educação (MEC) um político profissional, sem especialidade na área, os argumentos e propostas que apresentou para melhorar o ensino foram notáveis pelo simplismo, pela retórica e pela improvisação.

Para tentar vender a ideia de que o governo tem um plano bem definido de mudança do ensino médio, o ministro Aloizio Mercadante anunciou um projeto de reestruturação do currículo, que reagrupa as 13 disciplinas desse ciclo de ensino em quatro áreas: ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática. Com isso, em vez de receberem aulas específicas de biologia, física e química, os estudantes do ensino médio participarão de "atividades" que integrem esses conteúdos.

O ministro não esclareceu, contudo, quais serão essas atividades nem deixou claro como elas poderão, do ponto de vista pedagógico, assegurar aos alunos o domínio de conceitos, fórmulas e conhecimentos fundamentais no âmbito das ciências exatas e biológicas. Mercadante também não tratou de outra questão importante - as pressões corporativas que levaram à adoção de modismos pedagógicos, como a introdução de filosofia e sociologia como disciplinas obrigatórias, fragmentando ainda mais os currículos. "Por isso, hoje o aluno sai (da escola) sabendo nada de tudo", diz Priscila Cruz, diretora da ONG Todos Pela Educação.

Para o ministro, o reagrupamento das 13 disciplinas básicas do ensino médio em quatro áreas evitará a dispersão dos esforços dos estudantes, permitindo que tenham uma compreensão "mais integrada" das principais áreas do conhecimento. Segundo Mercadante, o projeto também permite que um professor de biologia ou química, em vez de ensinar a disciplina em três colégios, para garantir uma remuneração à altura de suas necessidades, passe a participar de um núcleo de ciências da natureza numa única escola. Mas o ministro não esclareceu como será feita a distribuição dos docentes em cada um dos núcleos e como fará para que o professor de uma disciplina aprenda a lidar com temas que não são de sua área de especialização.

Mercadante também anunciou que a aquisição de material didático para as escolas privilegiará as quatro áreas de disciplinas reagrupadas. Quase todas essas medidas não são novas. Algumas foram anunciadas há três anos pelo então ministro Fernando Haddad e adotadas em caráter experimental. Na época, o MEC enfrentou mais problemas administrativos do que imaginava, pois a responsabilidade pela rede pública de ensino médio é dos Estados.

Se cada região do País tem suas especificidades econômicas, sociais e culturais e se 97% das escolas de ensino médio são mantidas pelos Estados, não é lógico, nem viável, que um órgão federal adote diretrizes e políticas uniformes sem amarrar esse ciclo numa camisa de força. Há três anos, para estimular os governadores a aceitarem a federalização do ensino médio, o MEC prometeu repassar verbas às escolas que alterassem seus currículos.

Desde 2009, alguns pedagogos afirmam que essas medidas são positivas, mas precisam ser mais bem definidas e são difíceis de ser implementadas. Elas exigem a reorganização das escolas e, principalmente, a requalificação dos professores. Pelo projeto de Mercadante, os professores terão de programar as aulas em conjunto - e isso exigiria uma nova política salarial para a categoria. Quase todos os Estados pagam o professorado pelo número de aulas dadas e a tentativa de impor um mínimo de carga horária para atividades extra classe enfrenta a oposição de prefeitos e governadores.

O ensino médio precisa de mudanças radicais, mas o governo não sabe o que fazer. Também não sabe como superar a resistência dos Estados e municípios a inovações pedagógicas. E não quer promover um debate nacional do problema, pois sabe que isso levaria a uma avaliação crítica da gestão de Fernando Haddad, que certamente prejudicaria sua candidatura.
Fonte: O Estado de São Paulo
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:33 hs.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Tecnologia não deve ser endeusada...

Tecnologia não deve ser endeusada no ensino, defende filósofo
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:13 hs.

10/08/2012 - A educação é tudo. Foi com essa afirmação que o filósofo suíço Thomas Kesselring respondeu a diversos questionamentos - que envolveram desde manipulação transgênica a educação ambiental - durante encontro na sede da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), em Porto Alegre. O estudioso aproveitou para criticar o que considera um "endeusamento" das tecnologias no ensino. "Criança precisa se mexer, ser estimulada, isso é tão importante quanto aprender a ler e escrever - e não tem nada a ver com aparelhos eletrônicos", defendeu.

Segundo Kesselring, as tecnologias são importantes, mas é necessário saber utilizá-las. "Para aproveitar as ferramentas, as crianças têm que dominar símbolos, linguística, isso é essencial para dominar as inovações", afirma. Ele defendeu, ainda, a inclusão de disciplinas como filosofia, artes e música desde cedo no currículo escolar, para que crianças desenvolvam a criatividade e o pensamento crítico. "É preciso alfabetizar também emocionalmente", completou.

O filósofo ressaltou o papel da educação, sobretudo, na formação do cidadão. "Tudo começa com o ensino. Os conceitos de ética, de moral, podem parecer complexos, mas se resumem, muitas vezes, a respeito mútuo. Se as pessoas não têm conhecimento, esses conceitos ficam mais complicados, e a ideia de contar dinheiro parece mais simples", criticou.
Fonte: Portal Terra

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

LIMPAR A CASA COM PRODUTOS NATURAIS

Os produtos de limpeza comerciais são caros e podem ser muito prejudiciais para o meio ambiente.Para além disto, eles contêm perfumes e fragrâncias que podem ser prejudiciais também para aqueles que são mais propensos a alergias, ou até conter ingredientes perigosos que podem (ou não) vir listados nos ingredientes com que o produto é fabricado.

A verdade é que não é necessário expor-se, expor a sua família ou o ambiente aos possíveis efeitos secundários nocivos do uso de produtos de limpeza como estes. Existem muitas outras alternativas viáveis e mais naturais de conseguir limpar a sua casa.

Todos os produtos que sugerimos de seguida são naturais ou mais ecológicos que as opções comerciais que encontra à venda. O melhor de tudo é que certamente na sua casa já possui todos os ingredientes necessários para esta limpeza mais ecológica:

  • Bicarbonato de sódio – Pode ser utilizado para limpar quase tudo numa casa. Já um conhecido desodorizante, o bicarbonato de sódio também dissolve cera e outros solventes dos produtos frescos.
  • Borato de sódio – A sua utilização deve ser mais cuidada, de modo a que evite a sua inalação no momento de aplicação. Embora seja um composto natural, pode irritar os seus pulmões e é levemente tóxico se ingerido.
  • Água com gás – Muito eficaz na remoção de algumas nódoas e sem qualquer efeito prejudicial ou tóxico para a nossa saúde.
  • Peróxido de hidrogénio – Também conhecido com água oxigenada. Como o borato de sódio não deve ser ingerido.
  • Sumo de limão – A sua acidez ajuda a dissolver e aclarar manchas e nódoas, ao mesmo tempo que também é um excelente desinfectante natural. O sumo de limão, diluído, pode ser usado em quase todas as superfícies da sua casa.
  • Sal – O sal puro pode servir para diversas finalidades no cuidado da casa e na remoção de odores e manchas. É extremamente eficaz na remoção de odores de sapatos e evita que se fixem manchas nos tecidos.
  • Óleo vegetal – Uma camada de óleo vegetal protege o metal dos elementos prejudiciais no ar e mantém a integridade das madeiras. É também um produto muito eficaz para dar mais brilho a objectos de ferro ou de latão e para prevenir o aparecimento de ferrugem.
  • Vinagre (de vinho branco) – Quase tão eficaz quanto o bicarbonato de sódio, as suas aplicações na limpeza da casa também podem ser diversas. Com um conteúdo de acido semelhante ao do limão, serve também para os mesmos fins e pode substituir o sumo de limão na maior parte das soluções de limpeza, podendo acrescentar óleos essenciais para disfarçar o seu cheiro. No entanto, os vinagres mais fortes podem provocar enxaquecas em algumas pessoas mais sensíveis, por isso é provavelmente boa ideia aplica-lo com alguma cautela e evitar a inalação dos seus vapores.

Apesar de todos estes produtos serem naturais e considerados mais ecológicos, é sempre boa ideia ter cuidado ao utilizar qualquer um deles. Mesmo tratando-se de produtos naturais, podem causar danos quando usados com pouco cuidado.